terça-feira, 22 de dezembro de 2015
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
CHORANDO SEM LÁGRIMAS
O CHORO SEM LÁGRIMA.
Os olhos estão secos. Estão tristes e as feições no rosto macambúzio demonstra que algo ruim está acontecendo.
Pedro eleva os olhos para o céu, e um azul imenso e quase que infinito, se perdendo nos horizontes quando ele gira sobre si mesmo, é o que se lhes aparece, e ele chora. Chora mesmo. Chora muito diante daquela bela imagem que lhe é descortinada, mas é um choro diferente, um choro contido, um choro sem lágrimas.
O peito arfa e a pele esturricada pelo sol se contrai enquanto fecha os olhos de onde as lágrimas teimam em rolar, mas não saem pois há muito deixaram de existir.
Ossadas de gado espalhadas pelo quintal onde um juazeiro sobrevive, é o que resta.
Em algum lugar estão também os ossos de Corisco, o seu outrora belo cavalo alazão. E os de Bento, o cão vira latas que morreu uivando, de fome e de sede. Morte dolorida para ambos os animais: o bicho irracional e o homem.
O gato Monguá, ainda sobrevive. Esquálido que nem ele só, mas está vivo apenas por um motivo: é um ladrão contumaz, e rouba alimentos e água até mesmo de onde não existe. É uma peste esse Monguá.
Um redemoinho eleva do solo uma poeira quente e o bafo de calor lhe explode no rosto, deixando a sua cara com um jeito mais estranho ainda, numa mistura maior da dor, tristeza e choro contido.
Ele chora. O choro vem de dentro do peito, fica preso na garganta e sai como um urro de um animal ferido pela boca que se escancara, mas nada de lágrimas. Nada de lágrimas.
Onde estão suas lágrimas? O que houve com as suas bolsas lacrimais que ele nem sabe que existem?
Secaram. Secaram como secaram o cacimbão, o poço, o Barreiro e o Açude durante tantos anos altaneiro.
Já não há lágrimas.
Já não há água em seu corpo seco, e a língua incha dentro da boca, enquanto a mente sonha com o mais doce dos lenimentos para aquele momento de dor: a água.
É a seca.
É a seca que vai matando gado, cobras e largatos, e agora ameaça matar gente.
A sabiá já não canta. O rouxinol, o canário da terra, o galo de campina e até a peste de pardais desapareceram como fumaça ao vento.
Nem a acauã apresenta mais o seu canto triste que anuncia a morte.
É a seca, e a seca mata. E mata a todos.
É a seca. A seca provocada pela falta de chuva, e a inexistência de nuvens nos céus lhes trazem a mensagem verdadeira e triste que a dor vai aumentar, pois não vai chover. Não vai chover. Não vai chover...
Não há alento nem esperança, pois o céu já não fala mais com ele através dos sinais que lhes eram tão comuns.
O dia de São José mais uma vez passou, e nada de chuva. Três anos e nem um chuvisco pra animar o calango que resiste na terra tórrida e cheia de pedregulhos que ferem os pés do matuto.
E ele chora.
O choro do sertanejo, o choro sem lágrimas.
Sem lágrimas poio o poço de lágrimas também secou.
E parece que secou para sempre. Ou até a morte, quem sabe? Pois até as carpideiras já não se fazem mais necessário. Perderam seus empregos. E também agora choram nas suas cozinhas diante das panelas vazias, e choram também o choro sem lágrimas. Elas se tornaram crias e vítimas da seca.
Triste é a sina daquele que depende da água aonde não tem água.
É o Sertao Nordestino morrendo, e morrendo de sede.
E não adianta as águas do São Franscico, pois se não chover, o Tio Chico também secará, e ficará sem lágrimas.
É a seca.
E Deus?...?...?
Onde está Deus na história deste matuto pecador?
É apenas a oração.
Os olhos estão secos. Estão tristes e as feições no rosto macambúzio demonstra que algo ruim está acontecendo.
Pedro eleva os olhos para o céu, e um azul imenso e quase que infinito, se perdendo nos horizontes quando ele gira sobre si mesmo, é o que se lhes aparece, e ele chora. Chora mesmo. Chora muito diante daquela bela imagem que lhe é descortinada, mas é um choro diferente, um choro contido, um choro sem lágrimas.
O peito arfa e a pele esturricada pelo sol se contrai enquanto fecha os olhos de onde as lágrimas teimam em rolar, mas não saem pois há muito deixaram de existir.
Ossadas de gado espalhadas pelo quintal onde um juazeiro sobrevive, é o que resta.
Em algum lugar estão também os ossos de Corisco, o seu outrora belo cavalo alazão. E os de Bento, o cão vira latas que morreu uivando, de fome e de sede. Morte dolorida para ambos os animais: o bicho irracional e o homem.
O gato Monguá, ainda sobrevive. Esquálido que nem ele só, mas está vivo apenas por um motivo: é um ladrão contumaz, e rouba alimentos e água até mesmo de onde não existe. É uma peste esse Monguá.
Um redemoinho eleva do solo uma poeira quente e o bafo de calor lhe explode no rosto, deixando a sua cara com um jeito mais estranho ainda, numa mistura maior da dor, tristeza e choro contido.
Ele chora. O choro vem de dentro do peito, fica preso na garganta e sai como um urro de um animal ferido pela boca que se escancara, mas nada de lágrimas. Nada de lágrimas.
Onde estão suas lágrimas? O que houve com as suas bolsas lacrimais que ele nem sabe que existem?
Secaram. Secaram como secaram o cacimbão, o poço, o Barreiro e o Açude durante tantos anos altaneiro.
Já não há lágrimas.
Já não há água em seu corpo seco, e a língua incha dentro da boca, enquanto a mente sonha com o mais doce dos lenimentos para aquele momento de dor: a água.
É a seca.
É a seca que vai matando gado, cobras e largatos, e agora ameaça matar gente.
A sabiá já não canta. O rouxinol, o canário da terra, o galo de campina e até a peste de pardais desapareceram como fumaça ao vento.
Nem a acauã apresenta mais o seu canto triste que anuncia a morte.
É a seca, e a seca mata. E mata a todos.
É a seca. A seca provocada pela falta de chuva, e a inexistência de nuvens nos céus lhes trazem a mensagem verdadeira e triste que a dor vai aumentar, pois não vai chover. Não vai chover. Não vai chover...
Não há alento nem esperança, pois o céu já não fala mais com ele através dos sinais que lhes eram tão comuns.
O dia de São José mais uma vez passou, e nada de chuva. Três anos e nem um chuvisco pra animar o calango que resiste na terra tórrida e cheia de pedregulhos que ferem os pés do matuto.
E ele chora.
O choro do sertanejo, o choro sem lágrimas.
Sem lágrimas poio o poço de lágrimas também secou.
E parece que secou para sempre. Ou até a morte, quem sabe? Pois até as carpideiras já não se fazem mais necessário. Perderam seus empregos. E também agora choram nas suas cozinhas diante das panelas vazias, e choram também o choro sem lágrimas. Elas se tornaram crias e vítimas da seca.
Triste é a sina daquele que depende da água aonde não tem água.
É o Sertao Nordestino morrendo, e morrendo de sede.
E não adianta as águas do São Franscico, pois se não chover, o Tio Chico também secará, e ficará sem lágrimas.
É a seca.
E Deus?...?...?
Onde está Deus na história deste matuto pecador?
É apenas a oração.
sábado, 31 de janeiro de 2015
Brasil
BRASIL, SEU NOME É MORTE
Jovens mortos. E a curiosidade acendendo
Os olhos ávidos dos transeuntes.
Cadávares estendidos no chão
E mães em prantos com seus corpos
Rolando pela terra quente ou por um asfalto escaldante.
Tá tá tá tá. Tá tá tá tá.
Uma moto, ou um carro preto: dois homens
Geralmente encapuzados e de olhar frio.
E a metralha de uma P40 ou nove mm
Provoca a nova queda de um corpo crivado de balas.
Triste. Lagrimas de dor, e lamentos por justiça.
Que justiça? Se Programas de TV sujos,
Vivem invadindo o lar do brasileiro,
fomentando O gosto por uma violência
Que parece não ter fim.
Onde está o amor? Onde está o amor?
Nossos jovens estão morrendo
E o país descendo junto a
Ladeira em direção ao inferno.
E o inferno é aqui, pois
O TRÁFICO vem vencendo batalhas e batalhas
E o povo do bem, neste diapasão,
Vai perder a mais importante das guerras.
Brasil, Brasil, Brasil!
Onde está o gigante que não acorda?
Brasil, Brasil, Brasil!
O teu nome é sinônimo de morte.
Ronaldo Macedo.
31/01/2015
Jovens mortos. E a curiosidade acendendo
Os olhos ávidos dos transeuntes.
Cadávares estendidos no chão
E mães em prantos com seus corpos
Rolando pela terra quente ou por um asfalto escaldante.
Tá tá tá tá. Tá tá tá tá.
Uma moto, ou um carro preto: dois homens
Geralmente encapuzados e de olhar frio.
E a metralha de uma P40 ou nove mm
Provoca a nova queda de um corpo crivado de balas.
Triste. Lagrimas de dor, e lamentos por justiça.
Que justiça? Se Programas de TV sujos,
Vivem invadindo o lar do brasileiro,
fomentando O gosto por uma violência
Que parece não ter fim.
Onde está o amor? Onde está o amor?
Nossos jovens estão morrendo
E o país descendo junto a
Ladeira em direção ao inferno.
E o inferno é aqui, pois
O TRÁFICO vem vencendo batalhas e batalhas
E o povo do bem, neste diapasão,
Vai perder a mais importante das guerras.
Brasil, Brasil, Brasil!
Onde está o gigante que não acorda?
Brasil, Brasil, Brasil!
O teu nome é sinônimo de morte.
Ronaldo Macedo.
31/01/2015
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
A GOSTOSONA NUA E AMARRADA.
CAUSOS DA NOSSA COZINHA.
Viajando pelo sertão nordestino na lida missionária que Deus nos deu, começamos a relatar para amigos que estavam em nosso carro alguns casos interessantes que aconteceram em nossa vida de casado no tocante a relacionamentos com algumas empregadas domésticas que passaram e marcaram nossas vidas.
A partir dai, surgiu o interesse de relatar os que achamos mais interessantes, e propor que outrens se arrisquem a fazer o mesmo, já que o tema é rico e vasto pela pluralidade de situações dignas de registro.
Então, vamos começar.
01) JOGO DO BICHO
Tão logo Anaci, minha esposa, engravidou da primeira filha, cuidamos de arranjar a nossa primeira empregada doméstica ou, a famosa secretária, como alguns as definem.
E, como marinheiros de primeira viagem, penamos muito, pois sempre ficávamos com quem aparecia, mas dias depois notávamos que não era aquela a pessoa que queríamos para cuidar do nosso primeiro filho(a).
Isto aconteceu no distante ano de 1981.
Depois de algumas tentativas infrutíferas, resolvemos apelar para o famoso "faça o favor de indicar alguém pra trabalhar lá em casa".
E é aí que surge Neusa.
Neusa era uma morena de corpo recheado, sorriso largo e cativante, e com tanta carne nos lugares certos que nós, os homens da época, a chamávamos de "gostosona".
Nesta época morávamos num sobrado antigo no centro da cidade.
Este sobrado tinha uma característica bem especial.
Na parte superior ficavam três quartos e um banheiro social, sendo que os quartos eram interligados uns com os outros e foi aí que decidimos organizá-los e dividi-los da seguinte forma: o primeiro fica com Neusa, o segundo com nossa filha e o terceiro seria o nosso.
E eis que uma bela noite aconteceu o fato inusitado e digno de registro.
Anaci me acorda, e diz.
- Venha ver, Ronaldo, Neusa está nua e toda amarrada na cama.
- Como? Acordei já com os olhos esbugalhados. Ela está o que?
- Dormindo nua e toda amarrada. Eu ia descer pra tomar um copo d'água e me deparei com esta arrumação. Disse Anaci.
Atravessei o quarto do meio num lapso de tempo e me deparei com a cena.
A "negona" completamente despida, com os peitos apontados para o céu, e com as mãos e os pés amarrados com corda de agave novinhas.
Anaci a cobre com um lençol e a acorda perguntando o que era aquilo. O por que dela estar amarrada e, ainda por cima, nua?
E ela responde:
- Dona Anaci, é que eu sou viciada em jogo do bicho, e me disseram que se eu dormisse nua e amarrada com cordas novas eu sonharia com o bicho de amanhã.
E eu perguntei.
- E qual o bicho que vai dar amanhã?
- Águia. Respondeu a mulata.
No outro dia eu joguei águia na cabeça, mas deu burro.
Anaci mandou ela embora e correu a fama entre os amigos da época que a minha mulher me chamava para ver empregadas nuas.
Pode uma coisa destas?
Este é o primeiro de muitos outros causos.....
Viajando pelo sertão nordestino na lida missionária que Deus nos deu, começamos a relatar para amigos que estavam em nosso carro alguns casos interessantes que aconteceram em nossa vida de casado no tocante a relacionamentos com algumas empregadas domésticas que passaram e marcaram nossas vidas.
A partir dai, surgiu o interesse de relatar os que achamos mais interessantes, e propor que outrens se arrisquem a fazer o mesmo, já que o tema é rico e vasto pela pluralidade de situações dignas de registro.
Então, vamos começar.
01) JOGO DO BICHO
Tão logo Anaci, minha esposa, engravidou da primeira filha, cuidamos de arranjar a nossa primeira empregada doméstica ou, a famosa secretária, como alguns as definem.
E, como marinheiros de primeira viagem, penamos muito, pois sempre ficávamos com quem aparecia, mas dias depois notávamos que não era aquela a pessoa que queríamos para cuidar do nosso primeiro filho(a).
Isto aconteceu no distante ano de 1981.
Depois de algumas tentativas infrutíferas, resolvemos apelar para o famoso "faça o favor de indicar alguém pra trabalhar lá em casa".
E é aí que surge Neusa.
Neusa era uma morena de corpo recheado, sorriso largo e cativante, e com tanta carne nos lugares certos que nós, os homens da época, a chamávamos de "gostosona".
Nesta época morávamos num sobrado antigo no centro da cidade.
Este sobrado tinha uma característica bem especial.
Na parte superior ficavam três quartos e um banheiro social, sendo que os quartos eram interligados uns com os outros e foi aí que decidimos organizá-los e dividi-los da seguinte forma: o primeiro fica com Neusa, o segundo com nossa filha e o terceiro seria o nosso.
E eis que uma bela noite aconteceu o fato inusitado e digno de registro.
Anaci me acorda, e diz.
- Venha ver, Ronaldo, Neusa está nua e toda amarrada na cama.
- Como? Acordei já com os olhos esbugalhados. Ela está o que?
- Dormindo nua e toda amarrada. Eu ia descer pra tomar um copo d'água e me deparei com esta arrumação. Disse Anaci.
Atravessei o quarto do meio num lapso de tempo e me deparei com a cena.
A "negona" completamente despida, com os peitos apontados para o céu, e com as mãos e os pés amarrados com corda de agave novinhas.
Anaci a cobre com um lençol e a acorda perguntando o que era aquilo. O por que dela estar amarrada e, ainda por cima, nua?
E ela responde:
- Dona Anaci, é que eu sou viciada em jogo do bicho, e me disseram que se eu dormisse nua e amarrada com cordas novas eu sonharia com o bicho de amanhã.
E eu perguntei.
- E qual o bicho que vai dar amanhã?
- Águia. Respondeu a mulata.
No outro dia eu joguei águia na cabeça, mas deu burro.
Anaci mandou ela embora e correu a fama entre os amigos da época que a minha mulher me chamava para ver empregadas nuas.
Pode uma coisa destas?
Este é o primeiro de muitos outros causos.....
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